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Thiago Ximenes

Você sabe como funciona o mercado de derivativos?

Infelizmente, o mercado financeiro ainda é um universo desconhecido para a grande maioria da população brasileira. Investimento é um assunto muito escasso nas reuniões familiares, bate papo entre amigos e conversas de casal. Quando se fala de mercado de derivativos, essa realidade torna-se muito mais distante. Até para quem já investe, esse tema é inexplorado. Isso é até justificável por sua complexidade e diferente formas de aplicação. Geralmente, essa modalidade é para quem possui um certo conhecimento sobre renda variável ou possui a ajuda de um profissional especializado.


Esse post tem por finalidade simplificar os investimentos em derivativos, explicando-o e conceituando-o para abrir seu leque de opções na Bolsa de Valores.


Por isso, venha comigo e divirta-se na leitura!!


É isso mesmo que você leu. Bolsa de Valores. O mercado de derivativos são instrumentos de renda variável. São ativos que tem por objetivo proteger as suas operações ou fazer o papel de especulação. Um derivativo é como se fosse um contrato cujo preço deriva em função do preço de um ativo ou de uma taxa de referência ou de um índice de mercado. Como assim?


Essa aplicação tem um valor final atrelado a outro ativo que pode ser uma ação, os juros, uma moeda, petróleo, café, entre outros. Isto é, caso você queira aplicar no mercado derivativo de câmbio, seu ganho ou sua perda está relacionada a cotação do dólar. Você poderá ter um lucro ou prejuízo dependendo da oscilação da moeda e de como você está posicionado.


Em sua maioria, o mercado de derivativo é negociado em forma de contrato, como citado acima, que são especificados e padronizados. Nesses acordos são estabelecidos a quantidade, o prazo da operação, a liquidação e outras informações relevantes. Existem quatro tipos mais comuns de investimentos de derivativo: mercado a termo, mercado futuro, opções e swap. Vamos abordar todos eles.


O mercado a termo é o mais simples. Um comprador e um vendedor estabelecem um compromisso hoje para a compra e venda de um ativo a um preço acordado em uma data determinada no futuro próximo (pode ser dias, semanas ou meses). O mercado futuro é bem semelhante, mas tem suas especificidades e características. Nele, você pode vender um contrato de derivativo antes do vencimento. Outra diferença é que a contraparte é a Bolsa de Valores. Caso você ou a outra parte não cumpra o combinado, a Bolsa irá garantir que a operação seja efetuada.


Os swaps são contratos que determinam o fluxo de pagamento entre ambas as partes em uma data futura. Funciona como uma troca de índices para aumentar a previsibilidade das organizações como, por exemplo, empresas que tem receita em dólar e custo em real ou vice-versa. Esse mecanismo é mais voltado para instituições do que pessoa física.


Já as opções são contratos que te dão o direito de comprar ou vender um ativo em uma data futura definida a um preço previamente combinado. Sim, é um direito e não uma obrigação. Você não precisa exercer esse direito. Devido a situação econômica, você acredita que uma ação pode sofrer uma queda e assim, estabelece uma negociação com um comprador no qual vai vender esse ativo por um valor que foi acordado. Contudo, a ação subiu e você decidiu vender no mercado para ter um lucro maior. Ou seja, você tinha um direito de vender a ação por aquele valor, porém, não exerceu.


Como está até agora? Complicado? Até que não é tão difícil assim. Afinal, para que operar no mercado de derivativo?


Essa classe de ativos tem duas principais funções: proteção e alavancagem. Em relação a proteção (conhecida pela palavra hedge no mercado financeiro), a aplicação em derivativos pode te ajudar a preservar o valor de um ativo dada as incertezas ou variações que possam vir a ocorrer no mercado. No que tange a alavancagem, o intuito é ganhar dinheiro com a oscilação de preço do ativo adjacente. Você aposta que uma ação ou índice ou uma comodity vai cair ou vai subir e procurar lucrar com essa volatilidade.


É válido salientar que é uma operação altamente arriscada e que exige muito conhecimento prévio e informações do ativo que vai operar. Você pode ter ganhos elevados? Sim, todavia, isso tem um preço e é muito importante ter ciência disso quando for realizar essas aplicações. Derivativos são ótimas soluções para determinadas demandas.


É chato, mas eu sempre vou repetir. Invista de acordo com o seu perfil. Saiba qual é o seu apetite a risco. Não foque apenas em rentabilidade. Altas rentabilidades envolvem altos riscos, é uma relação diretamente proporcional.


Conte comigo em sua caminhada financeira.


Um abraço e até a próxima!!!







 

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