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Thiago Ximenes

O impacto das crises econômicas no mercado financeiro

É raro, mas acontece com frequência. Essa frase define muito bem sobre a regularidade das crises globais. Não são eventos que ocorrem todo ano ou toda década, porém, em algum momento, alguma crise vai existir. É difícil falar ao certo sobre o motivo pelo qual as mesmas se sucedem até porque as causas são as mais diversas possíveis. O fato é que esses acontecimentos são momentos desafiadores com muita instabilidade, incertezas e quedas acentuadas.


O objetivo desse post é relatar sobre as crises econômicas, as suas influências no mercado financeiro e como ter uma carteira resistente a essas épocas. Venha comigo e divirta-se na leitura!!


Como citei acima, as crises econômicas não têm uma razão única e podem ser desencadeadas por pandemias, guerras, problemas geopolíticos, quebra do sistema financeiro, entre outros fatores. Nesse instante, as indústrias, empresas e praticamente todos os setores acabam tendo um declínio de produção e demanda. Como consequência, os produtos e serviços ficam escassos gerando um aumento generalizado dos preços, ou seja, inflação.


Elevando-se a inflação, o poder de compra do seu dinheiro diminui drasticamente, afetando diretamente o seu bolso. O seu consumo diário. Além disso, com menos produção e menos demanda, reduz a necessidade de mão de obra, causando desemprego. Sim, os efeitos negativos das crises econômicas são devastadores.


No que tange o mercado financeiro e os investimentos, falamos sobre o aumento da inflação provocando um impacto na rentabilidade do seu portfólio. Vamos a um exemplo prático para dar uma compreensão melhor no assunto. Imagine que sua carteira possui uma rentabilidade de 12% a.a. cujo não temos uma crise instalada e a inflação está 4% a.a. Em uma conta simples, subtraindo a inflação da rentabilidade dos seus investimentos, temos que você está tendo um ganho real de 8% a.a. (12% - 4%).


Seja o motivo que for como uma pandemia em 2020 ou uma crise no setor imobiliário norte-americano como em 2008, foi instaurada uma crise global. Medo, incerteza e escassez ocasionam um aumento da inflação que chega no patamar de 7% a.a. Isso quer dizer que nessa situação atual, você tem um ganho real de 5% a.a. (12% - 7%). Olha o quanto seus investimentos estão sendo prejudicados. Isso porque eu utilizei como premissa que a sua carteira vai te dar a mesma rentabilidade do que no cenário anterior. Dependendo dos seus ativos, a sua rentabilidade afetada o que piora ainda mais essa situação.


A volatilidade do mercado financeiro nas crises é muito alta. Contudo, isso também gera oportunidades de compra. Para ter uma carteira resiliente nos tempos difíceis é fundamental uma boa reserva de emergência com 6 a 12 meses do seu custo mensal em uma aplicação segura e com liquidez diária. Qual motivo? Essa reserva é o investimento que dá base a sua carteira criando uma maior solidez e segurança. Esse é o ponto principal. Um reserva de emergência forte provoca uma carteira de investimentos forte. É diretamente proporcional.


O outro passo para ter um portfólio resiliente a crises é a diversificação de investimentos em ativos equilibrados e balancear de acordo com os acontecimentos de mercado. Diversificar é o modo mais eficaz de dar bons frutos independente dos choques e crises econômicas globais que possam vir a ocorrer. Uma carteira altamente concentrada é um alto risco para o seu patrimônio.


Essa diversificação passa pelos seus objetivos e metas. Você pode ter em carteira ativos de renda fixa, renda variável e investimentos internacionais respeitando o seu perfil de investidor ou investidora. Basicamente, temos três perfis: conservador, moderado e agressivo.


Um aspecto que te auxilia no momento das crises é ter uma visão de longo prazo e evitar o imediatismo. A economia é cíclica composta por muitas fases. Depois da crise sempre vem uma recuperação econômica e o mundo volte a crescer. Uma visão mais alongada das situações diminui as chances de você tomar decisões de maneira mais impulsiva e te dá mais resistência as oscilações do mercado financeiro.


Assim, nesse período, a inteligência emocional é primordial. Gerenciar suas próprias emoções nunca foi tão importante. Nos investimentos, não é diferente e essa habilidade também tem o seu valor. Em ocasiões de alta variação e incerteza, decisões racionais e fundamentadas são mais assertivas. Cuidado com o sensacionalismo e exagero. A clareza mental vai te ajudar a não se distrair. Mantenha-se com foco naquilo que realmente é importante para você.


Conte comigo em sua jornada financeira.


Um abraço e até a próxima!!







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