Em outro post, descrevemos a relação entre a taxa de juros e a inflação e como ambas afetam o mercado e as suas decisões de consumo e crédito. Agora, você sabe como elas influenciam a sua carteira de investimentos? Ou como agem no momento em que você decide entre qual aplicação financeira realizar?
É nesse texto que você descobrirá como utilizar a Selic (nossa taxa de juros) e o IPCA (nossa inflação) para aumentar a lucratividade dos seus ativos.
A taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, é usada não só como uma referência em empréstimos e créditos diários, mas também como um indexador em determinados investimentos. Por exemplo, no Tesouro Direto no qual o investidor se torna credor do governo, o título pós-fixado Tesouro Selic possui uma rentabilidade atrelada à Selic, ou seja, isso quer dizer que quanto maior for a taxa Selic maior será a remuneração dessa aplicação.
Viu como é bem fácil? Uma alta na taxa de juros não é algo totalmente ruim, contando com que você saiba utilizá-la a seu favor.
Além da Selic, existe outro indexador na Renda Fixa que é o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) muito usado em investimentos de Renda Fixa. O CDI, normalmente, tem um percentual bem próximo a taxa Selic. Dessa forma, quanto mais a taxa de juros sobe, o CDI sobe e os ativos atrelados a essas variáveis ficam com performances vantajosas.
E a inflação? Ela não gera uma perda no poder de compra do meu dinheiro? Ela não diminui o valor do meu dinheiro no tempo? Como ela pode crescer a rentabilidade dos meus ativos?
Sim, é verdade, a inflação interfere na rentabilidade dos seus investimentos no qual pode fazer com que suas aplicações financeiras não cumpram o objetivo que você deseja.
Todavia, o mercado financeiro contém diversas alternativas de ativos que tem o seu desempenho atrelado a inflação. Dessa forma, você consegue proteger seu patrimônio e ter bons rendimentos com a alta da inflação, ou seja, quanto maior a taxa inflacionária, maior o seu rendimento.
Na Renda Fixa, Tesouro Direto, CDBs, LCIs e LCAs possuem investimentos com rentabilidade híbrida. E o que seria isso? Seria um produto financeiro que pague uma taxa fixa mais a variação do IPCA, como por exemplo, IPCA + 4,50% a.a. Nesse exemplo, irá render o IPCA acumulado do período (protegendo seu dinheiro da inflação) mais a taxa fixa.
Em investimentos de Renda Variável, as ações e os Fundos Imobiliários são ótimas alternativas para ter rendimentos acima da inflação, uma vez que muitas empresas que estão na Bolsa de Valores tem suas receitas atreladas ao IPCA ou ao IGP-M (conhecido como a inflação do aluguel). Já os Fundos de Investimentos Imobiliários, os FIIs, são ativos que investem em imóveis sejam eles galpões logísticos, shoppings, prédios comerciais e outros.
Assim, com uma taxa inflacionária alta, aumentam proporcionalmente os aluguéis recebidos que gera um maior lucro e, consequentemente, uma maior distribuição de dividendos aos acionistas.
Mas não se esqueça que os ativos de Renda Variável apresentam uma alta volatilidade, que se refere ao aumento ou diminuição do preço, no curto prazo.
Portanto, uma alta da inflação é prejudicial para o poder de compra do seu dinheiro afetando os seus gastos mensais e uma subida das taxas de juros pode acarretar empréstimos e financiamentos mais caros. Contudo, nesse post, é possível notar que no mundo dos investimentos, existem inúmeras opções para você rentabilizar e proteger seu dinheiro mesmo em situações adversas.
A economia é feita de ciclos de alta e baixa, em alguns momentos a taxa de juros e a taxa inflacionário estará menor e em outras circunstâncias estará maior. Tire proveito de todas elas para rentabilizar seus investimentos.
Esteja sempre atento a taxa de juros e a inflação.
Um abraço a todos e até a próxima!!!
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