Uma dúvida muito comum no momento de realizar um determinado investimento é saber qual você deve escolher. Existem muitas opções e a renda fixa possui uma sopa de siglas que você pode confundir todas as aplicações. Por isso, esse post é para te ajudar a desvendar todas essas letras, explicaremos as principais modalidade de investimento da renda fixa auxiliando você a optar pelo ativo que está de acordo com as suas metas.
Ao investir em renda fixa você se torna um credor, ou seja, você estará emprestando o seu dinheiro a alguém recebendo no final o seu capital investido mais os juros. A diferença é que cada aplicação possui sua particularidade e especificidades. Vamos aos produtos? Logo abaixo estão cada um deles descritos com suas características. Uma boa leitura e bom aprendizado.
- Títulos Públicos:
O Tesouro Direto é um investimento tão ou até mais seguro que a poupança uma vez que ao realizar essa aplicação, você vai emprestar o seu dinheiro para o governo para financiar projetos públicos basicamente nas áreas de saúde, educação e infraestrutura.
Existem três tipos de títulos que o governo oferece: Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+.
A diferença entre eles está na rentabilidade e no prazo de resgate. O Tesouro Selic tem sua remuneração atrelada a taxa de juros, o Tesouro IPCA + está atrelado a inflação e no Tesouro Prefixado o rendimento é acordado no momento da aplicação, como por exemplo, 10% a.a.
O Tesouro Selic é muito indicado para ser utilizado como reserva de emergência devido a sua liquidez diária, o Tesouro IPCA+ protege o poder de compra do seu dinheiro e o Tesouro Prefixado é ideal para quem quer saber quanto vai receber no vencimento do título. Ainda temos o Tesouro IPCA+ com juros semestrais e o Tesouro Prefixado com juros semestrais. Nesses dois produtos, a rentabilidade é adiantada a cada seis meses. Pode ser uma boa estratégia para quem deseja uma renda extra mensal, mas para quem pretende acumular patrimônio, outros investimentos são mais adequados para dar ao dinheiro o efeito dos juros compostos.
O Tesouro Direto possui taxas como IOF e imposto de renda que são cobrados no momento que você resgate o investimento através de uma tabela regressiva, ou seja, é aconselhável que você deixe o seu dinheiro o maior tempo possível para que a incidência do imposto seja menor.
- CDB:
O CDB é uma das modalidades de investimentos da renda fixa mais popular, sendo a sigla para Certificado de Depósito Bancário. Nele, você empresta seu dinheiro para o banco. O que não é uma boa?! Vamos combinar que é muito melhor você emprestar dinheiro ao banco do que pegar emprestado com ele com uma taxa de juros altíssima.
Esse tipo de aplicação conta com a segurança do FGC (comentamos sobre o que é FGC no artigo sobre a definição de renda fixa), o que traz vantagem e mais segurança para você investir.
Encontram-se CDBs com liquidez diária indicado para a reserva de emergência e com resgate apenas no vencimento para quem quer manter o dinheiro por mais tempo investido.
Vale salientar que, assim como no Tesouro Direto, esses certificados possuem a incidência de IOF e o imposto de renda com tabela regressiva.
- LCI/LCA:
São conhecidas como Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) no qual você, investidor e futuro investidor, empresta seu dinheiro para o banco nos setores do crédito imobiliário e do agronegócio.
Por se tratar se dois produtos de investimentos que ajudam no desenvolvimento do nosso país, ambos não possuem a tributação do imposto de renda. Outra vantagem é que eles também contam com a garantia do FGC. A desvantagem é que por não sofrer a incidência de imposto, sua rentabilidade é um pouco mais baixa. Assim, no momento que você for decidir qual aplicação escolher, comparece essa modalidade com o CDB para saber qual remuneração está mais atrativa.
Um ponto você deve ter atenção é quanto a liquidez desse investimento. Alguns LCIs e LCAs contém uma liquidez de 90 dias e outros você só pode resgatar o seu capital no vencimento do título, ou seja, seu dinheiro fica preso até o final não podendo ser retirado antes.
- Crédito Privado:
Os créditos privados (debêntures, CRA e CRI) são uma forma de captação de recursos pelas empresas, isto é, você vai emprestar o seu dinheiro para que as empresas financiem os seus projetos. Elas usam essa ferramenta por ser mais fácil e barato do que pegar empréstimos em bancos.
Dentre os produtos de renda fixa, ela é considerada a mais arriscada por não conter a garantia do FGC. Todavia, você pode reduzir o risco dessa aplicação ao avaliar a empresa através do rating. O rating dá notas e quanto maior for a nota da empresa, além dela ser melhor pagadora, menos arriscada ela é para você investir. Por se tratar de um investimento mais arriscado, os créditos privados possuem uma rentabilidade mais atrativa do que os outros produtos.
Os mesmos sofrem com a incidência do imposto de renda, mas, tem algumas classes especiais como as debêntures incentivadas, os CRIs e CRAs que não possuem a tributação do IR, já que são utilizadas como a finalidade de infraestrutura apoiando o desenvolvimento nacional.
Ao investir em crédito privado você tem que estar atento também a liquidez desses ativos, dado que em sua grande maioria, o seu dinheiro aplicado só pode ser resgatado no vencimento e o prazo desses títulos variam entre médio e longo prazo.
Apesar de existem outros, esses são os produtos de investimentos mais comuns na renda fixa. Sim, eu sei, é muita coisa, muita letra, muita sigla e todos são bem parecidos.
Mas, você pode ficar tranquilo que essa modalidade é bem fácil e segura, além de ter um papel essencial na sua carteira de investimento.
Quando for escolher o investimento que deseja fazer esteja atento a rentabilidade, risco, impostos e liquidez. São pontos fundamentais para você saber se está alinhado com seu perfil de investidor e objetivos.
Bons investimentos. Um abraço a todos e até a próxima!!
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