Em sua carteira de investimentos, você pode adotar dois tipos de gestões diferentes: ativa e passiva. Ambas têm suas vantagens e desvantagens. Como eu sempre menciono, é importante estar atento no seu perfil de investidor ou investidora, objetivos e tolerância ao risco no momento que optar por qual forma de gerenciamento você vai escolher.
Esse post tem o intuito de debater sobre a gestão ativa, especificamente, nas aplicações de renda fixa. Desejo a você uma ótima leitura. Vem comigo!!
A gestão ativa é uma estratégia que busca superar o mercado por meio de decisões de compra e venda. O que é superar o mercado? Cada classe de ativos tem um índice de referência que serve como parâmetro. Por exemplo, o Ibovespa é o índice da Bolsa de Valores no Brasil. Os investidores ou investidoras que decidem ter rentabilidades acima desse índice, negociam constantemente diversos ativos objetivando ter um retorno superior do normal praticado.
Contudo, essa metodologia requer análises constantes, compras e vendas com muita frequência o que demanda tempo e dedicação. Já é possível notar que não é algo muito recomendado para todos. Caso você não tenha tempo o suficiente para fazer esse acompanhamento e negociações, faz mais sentido delegar essa função ou evitar essa metodologia.
Uma vez que você opte por terceirar essa gestão ativa, os fundos de investimentos ativos se encaixam nesse propósito no qual os gestores desses fundos possuem uma equipe de profissionais com conhecimento e experiência para gerir com mais assertividade. Com isso, é fundamental estar atento e atenta a conhecer minimamente a gestoras, as taxas de administração e performance, além da estratégia que o fundo se propõe a utilizar.
A prática mais comum e de maior conhecimento é a gestão ativa na renda variável no mercado de ações cujo a busca é para comprar ações baratas e venderem quando tiverem uma boa valorização. A oscilação dessa classe de ativos auxilia nesse processo. E na renda fixa? Existe uma oscilação, só que é bem menor do que os ativos mais arriscados. Então, como fazer?
Os benchmarks (índices de comparação) na renda fixa são o CDI (que acompanha a taxa de juros básica no Brasil) e o IPCA (índice oficial de inflação no país). Os investimentos de renda fixa têm um preço unitário, ou seja, um valor mínimo a ser investido. Esse valor mínimo vai se modificando ao longo do tempo devido as expectativas de mercado.
Essas expectativas estão relacionadas ao crescimento de um país específico ou global, a taxa de juros, câmbio, inflação, desemprego, criação de emprego, produção de bens e serviços, entre muitos outros fatores. Com isso, a remuneração e o preço unitário de uma aplicação de renda fixa sobre modificações. Assim, ao investir em um determinado ativo, o mesmo pode estar sendo negociado no mercado com um valor maior ou menor depois de um certo tempo.
Dessa maneira, você pode vender seu investimento em renda fixa com lucro ou com um prejuízo igual acontece nas ações. Não é muito comum e muitas pessoas não sabem sobre esse procedimento. É válido ressaltar que é necessário que você faça uma supervisão de perto do mercado e das expectativas dos especialistas e analistas para identificar oportunidades de venda com ganho. Não é simples de se fazer, mas utilizando um planejamento adequado, é possível.
Eu espero que tenha lido e gostado de outros posts desse blog. Assim, você sabe que a renda fixa possui diversos ativos. Nem todos você vai conseguir fazer essa venda antecipada com ganho. As emissões bancárias (CDB, LCI e LCA) são investimentos que não são muito indicados para realizar gestão ativa porque ao realizar a venda antes do vencimento, provavelmente, você terá um prejuízo.
Esses ativos têm como característica que você deixe o seu recurso investido até o vencimento. Logo, evite gestão ativa em emissões bancárias. Ao aplicar nessa modalidade, é mais recomendável que você deixe o seu dinheiro até o final. Porém, se com as emissões bancárias não é o mais aconselhável, ativos do Tesouro Direto e de crédito privado possuem essa particularidade.
O preço unitário e a remuneração dos investimentos citados acima são mais voláteis que as emissões bancárias, fazendo com a gestão ativa seja muito mais eficiente. Podemos dar um exemplo que um CRA hoje pode estar pagando uma rentabilidade de IPCA + 5,50% e daqui a 2 anos, a taxa pode mudar para IPCA + 7%. É apenas uma exemplificação para te ajudar na compreensão. Essa mudança, a depender das expectativas de mercado, pode auferir ganhos ou prejuízos.
Diversifique o seu portfólio entre diferentes investimentos com diferentes formas de remuneração (pós fixados, prefixados e atrelados a inflação). Com isso, a gestão ativa torna-se muito mais eficaz gerando bons lucros para sua carteira.
Lembre-se, a gestão ativa não é uma estratégia recomendada para iniciantes ou para você que não acompanha o mercado ou não tem uma ajuda profissional. Tenha atenção nesses pontos que são fundamentais dentro de um bom portfólio.
Conte comigo em sua jornada financeira.
Um abraço a todos e até a próxima!!
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